Texto de opinião publicado na edição 606 de 24 de Outubro de 2013 do Jornal do Centro
Esta semana política ficará marcada pelo encerrar de funções de Fernando Ruas, ao fim de mais de duas décadas em que ocupou a cadeira de Presidente da CMV, bem como a de Presidente da ANMP. O autarca modelo, ou, se preferirem, de um certo modelo, deixa marca vincada na cidade, a qual muito lhe deve pelo que de funcional, organizado e moderno Viseu hoje oferece aos viseenses e a quem nos visita.
Mas não há bela sem senão, e Fernando Ruas termina sem chama nem brilho este percurso, que finaliza com pomposos títulos como o de Best Manager (não fora dar-se o caso de ter sido comprado com o dinheiro do erário público…). Reconheço o mérito e a qualidade dos primeiros mandatos de Fernando Ruas, mas fui e sou crítico dos seus últimos mandatos, onde procurou essencialmente afirmar-se pela lógica do quero, posso e mando, mostrando-se incapaz de ouvir um conselho, ou de aceitar uma opinião divergente. Prova disso é o facto de me ter movido um processo em tribunal, por discordar da crítica e dos comentários que lhe fazem os leitores do blog do qual sou administrador. Curiosamente, o mesmo Fernando Ruas, tantas vezes enxovalhado, vilipendiado, vergonhosamente atacado e muito cobardemente insultado em comentários anónimos de artigos do Jornal de Noticias, por exemplo, nunca sentiu necessidade de processar esse jornal ou os autores dessas difamações.