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exto de opinião publicado na edição 547 de 07 Set 2012 do Jornal do Centro
No habitual café da tarde a discussão fazia-se à volta do tema para o texto de opinião do Jornal do Centro, mas a escolha revelava-se de difícil consenso. Dizia um, e porque não analisamos o resultado das dezenas de viagens a cidades geminadas, leia-se circuito de turismo autárquico, que o Executivo encetou ao longo do mandato. Demasiado curto e fácil de resumir a uns memoráveis carimbos, para mais tarde recordar, no passaporte do Edil da cidade com melhor qualidade de vida. Dissertar sobre a política cultural da cidade? Gargalhada geral, resta a necessidade de repensar o tema. Sobre o planeamento estratégico da cidade para a década que se avizinha? Novo obstáculo, na via da Pólis, longínquos vão os tempos do planeamento lançado pelo saudoso Engrácia Carrilho. Conseguir sentar à mesma mesa diversas vertentes e sensibilidades sociais no sentido de recolher os contributos que resultariam no desenho da cidade para a década seguinte é caso raro na sociedade portuguesa. Fernando Ruas graças a este planeamento aliado a fundos comunitários sem fundo conseguiu apresentar obra física. Daí para cá, houve muitos workshops, congressos, reuniões, plataformas, etc mas todas sem o carácter pragmático e interesse público que fizessem a ponte com o futuro e que catapultassem Viseu não só na esfera nacional mas também europeia e capaz de aguentar a crise que era previsível a par dos difíceis tempos que ainda teremos pela frente. Muitos soundbytes, muitos “pinantes” gastos na festa na Quinta da Malafaia, mas falta emprego. A prometida baixa de impostos? A magistratura de influência e políticas de captação empresarial? Falta visão estratégica e só se discutem pessoas!