Texto de opinião publicado na edição 563 de 28 Dezembro de 2012 do Jornal do Centro
Ao contrário das previsões o Mundo não acabou dia 21, do Natal fica memória da festa em família, bem como os restos de 2012 da mirra do Gaspar, resina antiséptica para acabarem de nos embalsamar no "annus horribilis" que se avizinha e cuja novidade esperançosa residirá na certeza de finalmente Fernando Ruas, continue ou não a pintar as pilosidades faciais ou o escalpe, deixar de se preocupar com ajudas de custo, festas na Malafaia e rotundas ajardinadas! Se o ano transacto também não deixa saudades, 2013 não adivinha coisa boa. As causas perdidas ou sine die adiadas da instalação da Universidade Pública; da Auto-Estrada portajada (nem assim?) Viseu x Coimbra; a linha ferroviária, uma ligação directa às linhas do Norte e da Beira Alta, bandeiras que têm sido erguidas em prol do desenvolvimento da região, ou promessas de campanha como o Centro de Artes e Espectáculos transformado num dispendioso parque de estacionamento, 23 anos em que a cultura perdeu sempre para o betão; a praia fluvial do Pavia ainda por despoluir; o Tecnopólis de Lordosa, versão Silicon Valley beirã; a espécie de Fundação de Serralves da Quinta da Cruz, são outros dos exemplos do que ficará por fazer e nos custará caro durante largos anos.