Quem nunca comprou algo com uma certa expectativa e ao abrir o produto ficou chocado com a diferença entre que esperava e o que realmente ele é?
A julgar pela embalagem suponho que o mesmo se passará com os feirantes e empresários envolvidos na aventura ilusória do “cubo mágico”. Obrigados pela necessidade pois, os filhos não vivem do ar e as contas da electricidade não se pagam sozinhas, tiveram que embarcar no teatro de marionetes montado pela empresa de eventos privados paga com dinheiros públicos. Não havia como poderem dizer não porque a já conhecida arrogância e prepotência do marido da directora do Viseu Marca não deixará, por certo, margem para dúvidas. Não alinhar este ano na rambóia montada, por razões de agenda pessoal e de financiamento da máquina de festas e afins, seria assinar a sentença de não presença no ano seguinte.
2021 está perto, é ano eleitoral, as campanhas não se fazem sozinhas nem se pagam só com porcos no espeto e, como tal só os ingénuos ou os alinhados, duvidam das razões da organização dos micro eventos, que são, como não podiam deixar de ser, isso mesmo, micros, como quem os pensou! E, sendo micros, alguém de juízo acredita que vai gerar 30 milhões de euros na economia local? 500 mil euros dia durante os 60 dias, como? Só um louco extasiado com o seu umbigo será capaz de imaginar tamanha patranha. E, alguém esclarecido acredita que a finalidade última é, como insistentemente é vendida, dinamizar a economia local?