A salvaguarda do direito à educação é o pilar de todas as sociedades que se pretendem desenvolvidas, não podendo, por isso, ser negligenciada, voluntária ou involuntariamente, por má gestão orçamental ou por cegueiras ideológicas ou estratégicas, sem que daí advenham graves consequências para a formação das gerações vindouras e, consequentemente, para o desenvolvimento do país.
Ainda que existam exemplos de boa gestão de programas educativos, com escolas inclusivas e bem sucedidas na formação elementar de todos e na promoção da excelência escolar de muitos no concelho de Viseu, e ainda que tenham ocorrido evoluções positivas na reabilitação dos parques escolares e infraestruturas de várias escolas básicas e secundárias, Viseu, concelho e distrito, permanece aquém na mobilização dos seus recursos e capacidade em se constituir num território apelativo para a atração e fixação, por exemplo, de estudantes do Ensino Superior.
O Instituto Politécnico de Viseu, a maior instituição de ensino superior do distrito, não tem conseguido, de há alguns anos a esta parte, preencher a totalidade das vagas em vários dos cursos que oferece, não obstante a sua extensa área de influência regional e a sua histórica e sólida implantação no ensino superior politécnico do país. O Pólo de Viseu da Universidade Católica Portuguesa ocupa, igualmente, um papel relevante no panorama da oferta privada de formação superior na cidade, a par com o Instituto Jean Piaget, cumprindo, ambas as instituições, o importante papel de complementar e diversificar a oferta formativa disponível para todos aqueles que desejam realizar o seu percurso formativo permanecendo na região ou, mesmo, para os que, oriundos de outras regiões do país, pretendam eleger Viseu para estudar e, eventualmente, ficar a residir.